O DHARMA
Jomar Lucas Bezerra – 13 de junho de 2015
O meu primeiro contato com vedanta foi em setembro
de 2015, quando tive que parar para repousar, por causa de uma cirurgia. E como tinha tempo, ao pesquisar na internet,
assisti a uma palestra da Gloria Arieiro que falava sobre Vedanta e logo depois
um curso online grátis de vedanta do Jonas
Masseti. Dois assuntos me chamou atenção neste inicio, as Fases da vida e os Quatros
objetivos da vida.
A minha
reflexão maior foi sobre os quatro objetivos a ser alcançado pelo ser humano ou
Purustra: Dharma, Artha, Kama e Moksha.
Dentre estes gostaria de
destacar neste artigo sobre o Dharma, que e o dever a justiça e a constituição
que define nossos papeis na vida.
Venho de uma família de
classe media do nordeste, e minha educação se pautou em se fazer as coisas
corretas dentro dos princípios morais, do dever e da justiça. Esta educação me
deu a base de como agir nas mais diversas situações durante a minha vida.
Na minha vida cumpri meu
papel de filho, esposo, pai e os diversos papeis sociais que tive que assumir.
Mas foi no casamento onde senti mais de perto o meu Darma.
Em 1974, já com 30 anos,
me casei. Foi no casamento que percebi a dificuldade de relacionamento a partir
do meu Darma com o dela e quanto tínhamos de aparar arestas para uma relação,
com certa harmonia. Tivemos duas filhas e quando elas eram adolescentes a nossa
relação não estava boa e resolvemos nos separar. No principio foi difícil, mas
conseguimos manter uma relação razoável para cumprimos nosso papel de pais e de
ex-esposos.
O tempo passou e em
janeiro de 2004, ela veio a contrair um câncer, e neste momento eu tive de dar
total apoio, inclusive indo morar na casa dela para que pudesse prestar
assistência melhor. Foram momentos difíceis, onde tivemos que esquecer qualquer
resentimento que ainda existia para uma convivência harmoniosa.
O esperado ocorreu. Ela faleceu em dezembro do mesmo ano.
Perdi o chão. Eu não pensei que a sua ausência pudesse fazer tanta falta na
minha vida. Entrei em depressão, mas com ajuda de amigos inclusive uma
psicóloga consegui superar e voltar as minhas atividades normais.
Dez anos depois do seu
falecimento, estou tendo a oportunidade de refletir sobre meu Dharma, meu papel
de cuidar de uma pessoa querida com uma doença tão grave e de todos que vivi ate hoje.
Compreender
a verdadeira natureza do Dharma é muito difícil, pois o mundo está envolto em
ilusões e o que é hoje pode não ser amanhã.
Jomar
Lucas Bezerra – junho 2015
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