sábado, 13 de junho de 2015




O DHARMA
Jomar Lucas Bezerra – 13 de junho de 2015
O meu primeiro contato com vedanta foi em setembro de 2015, quando tive que parar para repousar, por causa de uma cirurgia.  E como tinha tempo, ao pesquisar na internet, assisti a uma palestra da Gloria Arieiro que falava sobre Vedanta e logo depois  um curso online grátis de vedanta do Jonas Masseti. Dois assuntos me chamou atenção neste inicio, as Fases da vida e os Quatros objetivos da vida.
 A minha reflexão maior foi sobre os quatro objetivos a ser alcançado pelo ser humano ou Purustra: Dharma, Artha, Kama e Moksha.
Dentre estes gostaria de destacar neste artigo sobre o Dharma, que e o dever a justiça e a constituição que define nossos papeis na vida.
Venho de uma família de classe media do nordeste, e minha educação se pautou em se fazer as coisas corretas dentro dos princípios morais, do dever e da justiça. Esta educação me deu a base de como agir nas mais diversas situações durante a minha vida.
Na minha vida cumpri meu papel de filho, esposo, pai e os diversos papeis sociais que tive que assumir. Mas foi no casamento onde senti mais de perto o meu Darma.
Em 1974, já com 30 anos, me casei. Foi no casamento que percebi a dificuldade de relacionamento a partir do meu Darma com o dela e quanto tínhamos de aparar arestas para uma relação, com certa harmonia. Tivemos duas filhas e quando elas eram adolescentes a nossa relação não estava boa e resolvemos nos separar. No principio foi difícil, mas conseguimos manter uma relação razoável para cumprimos nosso papel de pais e de ex-esposos.
O tempo passou e em janeiro de 2004, ela veio a contrair um câncer, e neste momento eu tive de dar total apoio, inclusive indo morar na casa dela para que pudesse prestar assistência melhor. Foram momentos difíceis, onde tivemos que esquecer qualquer resentimento que ainda existia para uma convivência harmoniosa.
O esperado  ocorreu. Ela faleceu em dezembro do mesmo ano. Perdi o chão. Eu não pensei que a sua ausência pudesse fazer tanta falta na minha vida. Entrei em depressão, mas com ajuda de amigos inclusive uma psicóloga consegui superar e voltar as minhas atividades normais.
Dez anos depois do seu falecimento, estou tendo a oportunidade de refletir sobre meu Dharma, meu papel de cuidar de uma pessoa querida com uma doença tão grave e de todos  que vivi ate hoje.
Compreender a verdadeira natureza do Dharma é muito difícil, pois o mundo está envolto em ilusões e o que é hoje pode não ser amanhã.

Jomar Lucas Bezerra – junho 2015

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